quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Matéria muito esclarecedora sobre a displasia coxo-femural de autoria do canil  Hüter Leben,

¨Displasia Coxofemural - Conhecer para combater
 Iniciou-se uma busca por informações que esclarecessem suas dúvidas sobre este problema. Com o passar do tempo, percebeu que muitas pessoas, entre criadores e proprietários de cães, faziam as mesmas perguntas que motivaram o interesse pelo tema DCF (Displasia Coxofemural). Apesar de deixar claro que somente médicos veterinários especialistas (leia-se Ortopedistas e Radiologistas) estão capacitados a diagnosticar e tratar a Displasia Coxofemural, isso absolutamente não impede que nós, leigos, possamos conhecer os detalhes sobre este mal que pode acometer nossos amados cães.

O que é Displasia Coxofemural ou DCF?

A Displasia é uma má formação (Dis=má + plasia=formação) da bacia, que ocasiona um afrouxamento das articulações coxofemorais (encaixe da cabeça do fêmur no quadril), devido a uma instabilidade presente na região, levando ao aparecimento de alterações osteoartróticas. No cão saudável, sem sinais de Displasia, a cabeça do fêmur está encaixada perfeitamente na cavidade do quadril (acetábulo). No animal com Displasia, há um desencaixe, que provoca atrito. Com o passar do tempo esse atrito destrói a cartilagem da articulação, essa destruição é chamada artrose. A Displasia Coxofemoral canina não é o mesmo que artrite/artrose da coxofemoral, mas é a principal causa de artrite/artrose da articulação coxofemoral.

Sua primeira descrição em cães foi em 1935 e também já foi diagnosticada em outras espécies como gatos, bovinos, eqüinos, animais silvestres e até o Homem. Acomete todas as raças, sendo mais comum nas raças de médio e grande porte, que apresentam rápido crescimento como Pastor Alemão, Fila Brasileiro, Rottweiller, São Bernardo, Labrador, Cane Corso, entre outras, não apresentando predileção por sexo. Como em raças pequenas a sobrecarga nas articulações não é tão intensa como nas de médio e grande porte, os cães não apresentam tanto os sintomas, porém isso não é motivo para não se fazer o controle nos pequeninhos.

A Displasia NÃO é congênita, ou seja, um cão não NASCE com a doença. Os cães displásicos nascem com as articulações coxofemorais normais, e ocorrem subseqüentemente progressivas alterações estruturais que incluem relaxamento articular, inchaço, desgaste e ruptura de ligamentos, arrasamento da cavidade articular, subluxação da cabeça do fêmur, erosão da cartilagem articular, ossificação subcondral, remodelação da borda acetabular e da cabeça do fêmur, e produção de osteófitos na região periarticular.

Isso se dá porque a Displasia é genética e o cão tem em seu DNA a informação de que ele desenvolverá a doença com o decorrer no tempo.

Sinais mais comuns

Os sinais clínicos geralmente começam aos 5-8 meses de idade, sendo que em alguns casos não aparecem até os 36 meses de idade. Um dos principais sintomas causados pela Displasia é a dor. Por causa da dor, os animais começam a mancar, têm dificuldade ao andar, levantar, correr e subir escadas, passam a ter um rebolado diferente, às vezes passam a fazer o pulo do coelho, saltando com as patas traseiras juntas. Tudo isso para evitar movimentar a articulação que dói. Alguns começam a atrofiar os músculos dos posteriores, pois usam a força dos anteriores, ficando até mais fortes na frente. Além disso, são observados outros sinais, como dorso arqueado, abrasão das unhas dos membros posteriores, diminuição da amplitude de movimentação dos membros posteriores, sensibilidade local, sendo esta exacerbada após exercícios. Em muitos casos graves, a Displasia leva à incapacidade de locomoção, sendo necessária intervenção cirúrgica.

É muito importante saber que existem muitos casos assintomáticos. Ou seja, nem sempre há uma relação entre os sintomas e o grau de Displasia que o animal apresenta, isto é, animais com Displasia severa podem correr, nadar, pular e brincar enquanto que animais com Displasia leve podem apresentar uma forte claudicação.

Como saber se um cão tem Displasia Coxofemural?

O diagnóstico da DCF é exclusivamente radiológico. O diagnóstico a partir dos sinais clínicos não é suficiente, pois nem sempre são compatíveis com os achados radiológicos. Portanto, não se deve dar um atestado de não displásico apenas pela ausência de sintomas, todos os animais devem ser radiografados.

A radiografia deve ser realizada por um veterinário especializado e credenciado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária. Para ser radiografado, o animal deve estar sedado para facilitar o posicionamento adequado. O animal deve ser colocado em decúbito dorsal com os membros posteriores bem estendidos, paralelos entre si e ligeiramente rotacionados internamente. A pelve deve estar simétrica e a coluna vertebral paralela aos membros. Com a radiografia em mãos este veterinário verifica o grau, avalia e classifica a articulação, dando um laudo onde constam essas informações. A escolha do profissional é muito importante, é necessário buscar indicações de veterinários competentes.
Classificação do grau de Displasia

Na avaliação radiográfica o animal pode ser incluído nas seguintes categorias de acordo com as alterações presentes:

HD- ou A (equivale aos OFFA excellent e good): Animal isento de Displasia. A cabeça do fêmur e acetábulo são congruentes, sendo o espaço articular fechado e regular. Pelo Método de Norberg, apresenta ângulo maior ou igual a 105º.

HD+/- ou B (equivale aos OFFA fair e boderline): Animal com articulação quase normal (ou próximo da normalidade). A cabeça e o acetábulo apresentam ligeira incongruência respeitando os limites radiográficos. Pelo Método de Norberg, apresenta ângulo menor que 105º ou o centro da cabeça femoral se apresenta medialmente ao bordo acetabular dorsal.

HD+ ou C (equivale ao OFFA mild): Animal com Displasia leve. A cabeça e acetábulo incongruentes (mínimo de subluxação), ligeiro arrasamento da cabeça do fêmur. Os sinais de alteração osteoartróticas são mínimos ou ausentes. Pelo método de Norberg, o ângulo é de aproximadamente 100º e/ou há um ligeiro achatamento do bordo acetabular crânio lateral.

HD++ ou D (equivale ao OFFA moderate): Animal com Displasia moderada. Achatamento da cabeça do fêmur, arrasamento do acetábulo, ossificação subcondral, perda do espaço articular, formação de osteófitos, alterações no colo do fêmur, presença de subluxação. Pelo método de Norberg, apresenta o ângulo de aproximadamente 90º.

HD+++ ou E (equivale ao OFFA severe): Animal com Displasia severa ou grave. Presença de luxação, deformação da cabeça do fêmur (formato de cogumelo) e arrasamento severo do acetábulo (quase plano), presença de osteófitos em vários pontos, ossificação subcondral, alterações no colo do fêmur ou outros sinais de osteoartrose. Pelo método de Norberg, apresenta o ângulo menor que 90º.



No Brasil, até o HD+ ou grau C, o cão é aceito para reprodução. Porém, como visto acima, um animal HD+ (grau C), só deverá acasalar com um HD- (grau A). Em muitos países da Europa, como a Alemanha, só é permitido até o HD+/- (grau B) para reprodução.

Radiografia tradicional (Norberg) em cães jovens

Quando há sintomas precoces de Displasia, o veterinário poderá solicitar a radiografia da coxofemoral de um filhote caso o mesmo tenha mais de 6 meses, que resultará num laudo descrevendo o estado da articulação naquele momento. Caso o animal seja displásico, será tratado de imediato para amenizar os sintomas e deverá repetir a radiografia quando adulto, para acompanhar a evolução do problema. Mesmo que não apresente a Displasia quando filhote, a radiografia deverá ser repetida quando adulto, pois a doença é um mal degenerativo que se manifesta durante o crescimento. Ou seja, ele poderá não ser/parecer displásico quando filhote, mas sê-lo depois de adulto.

De acordo com as normas de criação dos Clubes da Raça Rottweiler, uma radiografia só é aceita como definitiva após o cão ter completado seus 18 meses.

Há alguns anos o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária (CBRV), através de uma plêiade de veterinários radiologistas, tem tornado realidade, como em outros países, a emissão de um Certificado de Controle da Displasia Coxofemoral Canina. Esta nova modalidade de prestação de serviços surgiu de uma necessidade premente, já que havia uma enorme discrepância entre os diagnósticos realizados. Estas discrepâncias levaram e continuam levando inúmeros criadores a prejuízos incomensuráveis, já que alicerçaram sua criação em reprodutores supostamente sem Displasia. O CBRV, ao receber a radiografia realizada por médico veterinário a examina quanto a qualidade diagnóstica, podendo devolvê-la, caso a mesma não obedeça aos padrões técnicos exigidos, tais como: condições de visibilização óssea, identificação do paciente através de microchip e correto posicionamento da pelve. A avaliação será realizada definitivamente a partir dos 24 meses de idade. Esta condição poderá ser precedida de avaliações preliminares das articulações coxofemorais, que fornecerão dados precoces de normalidade ou não das mesmas, cujo exame poderá ser realizado em torno e a partir de 12 meses de idade.

PennHip - exame para filhotes a partir de 4 meses de idade

O PennHip é uma técnica desenvolvida na Pensilvânia e usada nos EUA há mais de 10 anos, que calcula a probabilidade do filhote desenvolver a Displasia quando se tornar adulto. Pode ser realizado a partir de 4 meses de idade. É um método radiográfico que calcula o índice de distração (frouxidão) da articulação coxofemoral. Esse índice mede o grau de lassidão articular, que é o primeiro evento da Displasia no animal jovem. Mesmo no caso do PennHip com bom resultado, é necessário que se faça a radiografia pelo método de Norberg aos 24 meses para obter o laudo definitivo. Para facilitar o entendimento, é importante explicar a diferença que, pelo método tradicional, até os 24 meses tem-se uma pré chapa (pré laudo) mostrando apenas o estado da articulação no momento. Pelo método e cálculos utilizados no PennHip é feita uma predição se o cão tem probabilidade ou não de desenvolver a Displasia.

O exame mede a frouxidão da articulação coxofemoral através de posições radiográficas, uma delas usando um distrator (um peça em formato de H), em termos bem simples: é medido o quanto a cabeça do fêmur sai da cavidade do quadril. Então é feita uma sobreposição de imagens para calcular o Índice de Distração articular (frouxidão da articulação). Esse índice varia de 0,0 a 1,0 (zero a um inteiro). Existe uma tabela para cada raça, mas em geral de 0,0 até 0,3 é um índice que indica que um filhote será totalmente livre de Displasia. Teoricamente, acima desse índice o cão já está na faixa dos cães que poderão desenvolver algum grau de Displasia. Detalhe: o grau HD (+/-) e grau HD (+), não são totalmente livres de Displasia, mas são aceitos para reprodução aqui no Brasil.

Na prática, existem casos em que o ID (Índice de Distração) 0,4 e 0,5 resultaram em adultos HD(+/-) e até HD(-). Acima de 0,6 a probabilidade do filhote se tornar um adulto ou idoso displásico é altíssima. O resultado do PennHip é de grande utilidade também para planejamento mais preciso de acasalamento, no caso de macho e fêmea que tenham feito o exame quando filhotes. Aqui no Brasil a técnica PennHip também é chamada de Índice de Distração (ID ou DI).

Sendo assim, torna-se mais uma grande ferramenta para auxiliar na seleção criteriosa. É mais útil que seja realizado em filhotes e cães jovens até os 12 meses de idade, para seleção de futuros padreadores e matrizes. É também um importante meio de diagnóstico de cães displásicos jovens, antes dos 5 meses e meio de idade, que poderão ser submetidos a técnica cirúrgica chamada Sinfisiodese Púbica (ver artigo específico).

Pais sem Displasia podem gerar filhotes com o mal?

Infelizmente é isso mesmo. Ao contrário de atributos de natureza genética como cor dos olhos, a Displasia é de herança poligênica quantitativa. Isso significa que há vários pares de genes envolvidos no processo (aproximadamente 18 genes) de herdabilidade média a alta, o que dificulta consideravelmente o trabalho de "limpeza" do pool genético do mal. Ou seja, quanto maior o grau de parentesco com animais displásicos maior é a probabilidade da prole ser displásica. Além disso, ela é recessiva e intermitente, sendo assim, ela pode pular uma geração (ou até mais) de cães isentos e então surgirem descendentes displásicos. É importante esclarecer que as radiografias só avaliam os aspectos fenotípicos (alteração radiográficas) e não o genótipo. Por isso é que frequentemente animais isentos de Displasia produzem filhos displásicos.

Isso é apenas MAIS UM MOTIVO para os criadores procurarem trabalhar SÉRIO dentro do seu programa com essa questão. A experiência nos mostra que em 5 ou 6 gerações de seleção séria (somente cruzando cães com laudo NEGATIVO) aumentaremos sensivelmente as chances de produzirmos cães sem problemas. Quanto mais gerações anteriores controlarmos, nascerão menos cães com Displasia.

Assim, não basta uma geração para garantir filhotes livres do problema. Por outro lado, esse fato não é justificativa para os criadores não iniciarem um trabalho sério quanto ao assunto. O trabalho precisa ser feito, e sempre começa por não cruzar cães com Displasia. Quanto mais se seleciona o plantel, maiores as chances de produção de cães livres do mal.

Se você está pensando em comprar um filhote, em primeiro lugar, procure canis filiados a Clubes Especializados na raça Rottweiler, onde existam Regras de Criação. Solicite ao criador os seguintes documentos:

- Laudos OFICIAIS de Displasia Coxofemural   dos pais da ninhada,
- Pedigree dos pais da ninhada (confira o número do microchip - deve ser o mesmo do laudo),
- Histórico dos ascendentes dos pais da ninhada,
- Documento de verificação de ninhada realizada pelo veterinário do Clube.

Não abra mão de nenhum dos documentos acima, pois são indicadores de estar comprando filhote de criação selecionada e criteriosa. Caso o Estado onde você mora não tenha um Clube Especializado na raça, solicite ao clube do Estado mais próximo indicações de criadores filiados que estejam estabelecidos na sua região.
OBS: Não confunda Kennel Clube com Clube Especializado da raça, pois é sempre o Kennel que emite o pedigree, mas este não faz nenhuma exigência de criação. Já o Clube (por exemplo, o RottRio) possui regras de seleção e reprodução.

Sempre que possível, peça para ver a chapa e o laudo de Displasia dos pais (note que são duas coisas diferentes: raio-x e laudo). O laudo deve ser "A", "B" ou "C" (HD-, HD+/- ou HD+).

Não aceite desculpas e explicações, e não se deixe intimidar. Só aceite laudos emitidos por veterinários que tenham grande experiência na área de diagnóstico de Displasia e que sejam credenciados aos Clubes de Criação. Com isso você reduz sensivelmente as chances de comprar um filhote que venha a desenvolver problemas mais tarde. Se o criador tiver os laudos dos avós, melhor ainda, aliás, muito melhor.

Faça a sua parte. Infelizmente todos os anos dezenas de novos proprietários se arrependem a um preço muito alto por não terem dado a devida atenção a essa dica.

E saiba que não é só levar em conta o preço do filhote, o nome do canil ou o fato dos pais da ninhada serem "famosos". Você deve ver a radiografia e exigir as cópias dos laudos dos pais.

Evitando fatores desfavoráveis

Conforme citado anteriormente, a DCF é uma doença de origem SOMENTE (repito: SOMENTE), genética. Porém, seu desenvolvimento tem influências multifatoriais. Ou seja, apesar do cão não NASCER displásico, ele já carrega em seu DNA a informação de que, ao longo do seu crescimento, PODERÁ ou não desenvolver a Displasia. Como até o término desse desenvolvimento nós não sabemos se ele herdou a genética para ser displásico, que pode ter vindo de um pai, bisavô ou simplesmente de um pool desses genes (aproximadamente 18), devemos evitar fatores que podem PIORAR (e não causar) a Displasia, já que a transmissão é APENAS hereditária.

Sendo assim, devemos evitar:

- Obesidade e suplementação alimentar sem acompanhamento veterinário. Dietas com altos índices de energia, proteína e cálcio proporcionam um rápido crescimento e um ganho de peso excessivo (aumenta o peso sobre a articulação), favorecendo o agravamento do grau da Displasia.

- Excesso de exercícios forçados na fase de crescimento.

- Permanência do animal em superfícies escorregadias, pois levam a uma instabilidade articular fazendo com que o cão sofra traumas constantemente (não apenas liso, é qualquer piso escorregadio).

- Pouca Massa Muscular Pélvica: Animais com menores proporções de massa muscular pélvica possuem maiores chances de desenvolverem a Displasia. Segundo Riser e Shirer os animais que apresentarem índice de massa muscular pélvica [(peso da musculatura pélvica/peso corporal) x 100] menor que 9, irão desenvolver a doença - desde que tenham genética para isso. Ou seja, cães com musculatura geneticamente fraca, oriundos de acasalamentos sem critério (os famosos "Rott-latas"), têm maior tendência a piorar o grau da Displasia, caso carreguem essa informação em seus genes.

- Alterações Biomecânicas: Forças musculares que atuam na articulação coxofemoral ajudam a manter a cabeça do fêmur encaixada no acetábulo. Redução, eliminação, ou exaustão das forças musculares levam a uma instabilidade na articulação e subluxação. O rápido crescimento do esqueleto em disparidade com o crescimento muscular também induz o desenvolvimento da DCF.

- Outros fatores como hipotrofia das miofibras do músculo pectínio, alterações que aumentam o volume do líquido sinovial, alterações hormonais (hiperestrogenismo materno), insuficiente síntese protéica e deficiência de vitamina C, também estão relacionados com o desenvolvimento da Displasia. Deve-se ressaltar que a genética atua como causa principal, enquanto que os demais fatores podem agravar uma predisposição já existente geneticamente.

O que é benéfico:
- Natação.
- Sob supervisão do veterinário, administrar condroprotetores durante a infância e crescimento.

Condroprotetor:

É uma nova classe de medicamentos, recomendada para recompor o desgaste das cartilagens articulares. Estes medicamentos contêm compostos existentes na estrutura bioquímica da cartilagem. Quando há destruição da cartilagem as células destruídas eliminam fatores químicos que iniciam o processo de inflamação, causando dor e mais destruição. Os agentes mais utilizados nos medicamentos condroprotetores, são Sulfato de Condroitina e Sulfato de Glucosamina. Podem ser administrados de acordo com a orientação do veterinário.

Tratamentos disponíveis

Não existe uma cura para a Displasia Coxofemural. Os tratamentos visam minimizar a dor, combatendo os sintomas dando uma melhor condição de vida para o animal.

Existem tratamentos conservadores para prevenir ou aliviar o processo inflamatório presente, como a utilização de antiinflamatórios não esteróides para o controle da dor, condroprotetores, exercícios como fisioterapia e natação, homeopatia e acupuntura. Também podem ser associados precursores de proteoglicanos que são um importante constituinte da cartilagem hialina que forma a articulação. Recomenda-se a diminuição do peso do animal para reduzir o estresse mecânico sobre a articulação. Estes tratamentos são eficientes em muitos casos, mas dependendo da severidade, seus efeitos podem ser limitados.

As outras opções são cirúrgicas, sendo que o veterinário deverá avaliar se os benefícios destas se aplicam ao caso específico, principalmente levando-se em conta que a maioria das cirurgias ortopédicas é muito invasiva e elas podem deixar seqüelas e complicações.

Há dois tipos de conduta cirúrgica, no tratamento de Displasia Coxofemoral: a cirurgia profilática (que visa diminuir a progressão da doença), e a cirurgia corretiva (que visa corrigir ou melhorar articulações que já estejam artríticas).


Cirurgias preventivas:

- Sinfisiodese Púbica: um método utilizado em cães muito jovens (até 5 meses) para que a pélvis cresça de forma a criar uma articulação coxofemoral mais firme.

- Osteotomia Pélvica Tripla (TPO): nesta cirurgia, três cortes são feitos para liberar o acetábulo do resto da bacia. Gira-se então o acetábulo, para que ele dê maior cobertura e coloca-se uma placa metálica para fixar o acetábulo nesta nova posição e permitir a cicatrização óssea. Este procedimento é muito eficiente se for feito antes do aparecimento de um grau de artrite significante.


Cirurgias corretivas:


- Osteotomia da cabeça do fêmur: é uma opção para cães com alto grau de artrite. Neste procedimento, a cabeça do fêmur é removida, deixando o fêmur "flutuar livremente", levando à formação de um tecido cicatricial. Com o passar do tempo, este tecido cicatricial endurece e engrossa, criando uma pseudo-artrose, ou seja, uma "falsa" articulação.
- Artroplastia completa da articulação: é a substituição total da bacia. Geralmente é feita em animais muito debilitados e pesando mais de 25 kg. Um novo acetábulo e uma nova cabeça de fêmur são implantados no cão, formando uma "nova" articulação coxofemoral. É uma cirurgia muito difícil de ser feita, em que o cirurgião tem que ser muito habilidoso e bem treinado.

Existem outros tipos de cirurgias, mas algumas são consideradas experimentais até que se tenham mais dados sobre seus resultados.

Combate à Displasia Coxofemural ou DCF

Voltamos a dizer que a Displasia é genética, POLIGÊNICA, recessiva e intermitente, por isso pode pular uma geração (ou até mais) de cães isentos e então surgirem descendentes displásicos.

Fatores desfavoráveis podem agravar a Displasia de um cão que
herdou a condição genética para ser displásico. Quanto maior o número de gerações controladas, menor será a chance de produzir cães displásicos. Fechamento exagerado de linha de sangue, ou seja, o uso da endogamia utilizada para fixar as características das raças pode contribuir para fixar problemas genéticos como a Displasia. O que se fala de Displasia adquirida, vem de tempos em que nem se sonhava com DNA, pesquisas genéticas etc. "Displasia não é uma questão de opinião, é uma questão científica" (frase de Claudiano, do Totem Americam Bulldogs). Hoje em dia existe falta de informação e erro de interpretação, ao confundir o fato de que nutrição e manejo podem agravar, mas NÃO CAUSAR Displasia. Não existe Displasia adquirida, ela só vai se manifestar se o cão tiver herdado genética para tal degeneração.

Segundo o Drº. Luis Renato Veríssimo de Souza (Vice Presidente da Associação Brasileira de Radiologia Veterinária), é imprescindível a conscientização de criadores e proprietários de que o combate à Displasia Coxofemoral só é possível através da seleção criteriosa de machos e fêmeas radiografados. Em contato com radiologistas renomados de todo o país, ele pôde perceber que já ocorre sensível melhora nos resultados, especificamente de criações com controle rigoroso de várias gerações.


Para o controle da Displasia, os proprietários e criadores devem ter em mente a importância de se obter, com veterinários experientes na área de radiodiagnóstico, o atestado radiológico dos animais a serem acasalados, buscando diminuir a incidência da Displasia no seu plantel, já que, devido à sua herança poligênica quantitativa a doença pode ser reduzida, mas não eliminada, pois mesmo acasalando animais normais pode-se ter filhos displásicos, porém em menor proporção.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

http://bullblogingles.com/2009/08/17/sarna-demodecica-desmistificando-um-mito/
Desmistificando o mito da sarna demodecica.

Matéria muito intereeante e exclarecedora !!!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Venda de filhotes de Golden Retriever e Pastor Branco Suíço !!!



Venha fazer parte dessa grande família que é nosso canil !!!
Façam suas reservas !!!
Excelente pedigree, controle de displasia, Certificado de Garantia.
Excepcional linha de sangue com seleção de saúde, temperamento e beleza!